quarta-feira, 7 de março de 2012

Crianças e idosos ficam sem atendimento medico em Teresina

aposentado \josé Campelo da Silva 82 anos
Milhares de pacientes estão deixando de ser atendidos diariamente por conta da paralisação dos médicos, que se estende até a próxima sexta-feira. O atendimento eletivo está suspenso em todos os hospitais da rede pública. Os prejuízos são ainda maiores para aqueles pacientes que vêm de outras cidades e são surpreendidos aqui com a notícia da paralisação. "A consulta do meu filho estava marcada para hoje, mas soube que terei que voltar só no dia 20", afirmou a dona de casa Maria da Conceição Ferreira, que mora no Povoado Boqueirão.
A consulta do filho dela estava marcada no Hospital Infantil Lucídio Portela, onde a criança faz um tratamento psicológico há cerca de um ano. O ambulatório do hospital não está funcionando por conta da paralisação dos médicos. Psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas também não estão atendendo os pacientes. No local só estão sendo realizados alguns exames, além das cirurgias de urgência e algumas internações. "Existem pacientes que são encaminhados pelo HUT (Hospital de Urgência de Teresina) ou que vêm do interior e não podemos deixar de interná-los", explica a diretora do hospital, Maria José Lima.
Ela diz que os médicos de plantão, que atuam nas enfermarias e na UTI, continuam trabalhando e que o impacto maior é no ambulatório. Só nesse setor, são 37 profissionais, incluindo médicos e profissionais de outras áreas, como fisioterapeutas e fono-audiólogos. Por mês, é atendida uma média de 700 crianças no local. O ambulatório do Hospital Getúlio Vargas também está praticamente parado. Quem foi ao hospital ontem teve que remarcar a consulta para a próxima semana. Só no ambulatório, são realizadas mil consultas por dia.
O aposentado José Campelo da Silva, de 82 anos, é do município de Várzea Grande, a 200 km de Teresina. Ele foi ontem ao ambulatório do HGV para tentar fazer um eletrocar-diograma, mas foi surpreendido com a notícia da paralisação. O aposentado sofre de Mal de Parkinson e está hospedado na casa de um parente, no Bairro Alto Alegre, zona Norte. "Só vou voltar para minha cidade quando conseguir fazer esse exame", diz.
Além da melhoria nas condições de trabalho, os médicos reivindicam o piso salarial aprovado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), no valor de R$ 9.188. Hoje, um médico de ambulatório ligado à prefeitura está ganhando, em média, R$ 4 mil por 20 horas, já no Estado o salário chega a R$ 3 mil.

Corredores de hospital
Fonte Diario do povo:

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