Segundo o IBGE, 11% das casas brasileiras ficam em quarteirões sem sistema de esgoto. Os maiores percentuais de moradias nessas condições ficam nas cidades médias, com populações entre 500 mil e um milhão de habitantes. Em Teresina, que tem pouco mais de 800 mil moradores, 70% das casas têm esse problema.
O secretário municipal de Planejamento, João Alberto Monteiro, apresenta um número ainda pior. Segundo ele, apenas 17% das casas de Teresina têm captação de esgoto. Algumas só não despejam na rua porque usam fossas improvisadas no fundo do quintal.
“A cidade de Teresina, como todas as cidades, não é um privilégio daqui, é cultural, ela relega esse tipo de ação, de saneamento. Acredito que em dois anos estaremos chegando próximo a 50% de cobertura”, afirma o secretário.
Por enquanto, os moradores convivem com o mau cheiro e o risco de doenças. O caminhão de lixo não chega na rua da dona de casa Jucélia da Conceição, na Vila Irmã Dulce. Ela tem que levar até a carroça e, no caminho, atravessa uma poça de esgoto que se formou na porta de casa. “Os nossos filhos vivem doente, com coisa nos pés, cheios de ferida”, diz.
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