quinta-feira, 17 de maio de 2012

Animais são a terceira causa de acidentes


A presença de animais na pista é a terceira maior causa de acidentes nas rodovias federais que cortam o Piauí, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mesmo antes do final do primeiro semestre deste ano, o número de pessoas feridas no Estado por conta deste tipo de incidente já representa 60% do total registrado durante todo o ano de 2011.  Na última segunda-feira (14), uma criança de um ano morreu próximo a cidade de Piripiri, situada ao Norte de Te-resina, após o condutor do veículo em que ela era transportada tentar desviar de um jumento que estava morto na pista.
Nas rodovias federais que cortam o Piauí, uma conta que não fecha: o número de animais apreendidos à beira das pistas aumenta junto com as estatísticas de acidentes e vítimas deste tipo de situação. No ano passado, cerca de dois mil bichos foram apreendidos em operações da PRF específicas para apreensão de animais. Apesar disso, esta foi a causa de 293 acidentes que deixaram 118 pessoas feridas e seis mortas.
Este ano, antes mesmo do final do primeiro semestre, mais de mil animais já foram apreendidos à beira das rodovias federais que cortam o Piauí. A PRF já registrou 121 acidentes deste tipo, com 71 pessoas feridas e um óbito. A morte foi registrada na segunda-feira (14), na BR-404, entre as cidades de Piripiri e Pedro II. A vítima foi uma criança identificada como Maria Luiza. O motorista, pai da criança, perdeu o controle do veículo após tentar desviar de um jumento que estava morto na pista.
"O risco de haver feridos e óbitos neste tipo de acidente é elevado porque geralmente o animal é projetado para dentro do veículo após a colisão. O motorista quase sempre não consegue avistar o animal a tempo de parar o veículo e, por conta da velocidade e do susto, pode perder o controle", explica o inspetor da PRF, Welendal Tenório.
Os trechos rodoviários onde os acidentes envolvendo animais na pista são mais recorrentes no Piauí ficam próximos as cidades de Teresina, Picos, Floriano, Piripiri e Parnaíba, respectivamente. A maioria dos acidentes deste tipo ocorre no período da noite, onde a falta de luz dificulta a visibilidade dos motoristas. "Com as chuvas, o risco é ainda maior porque, durante a noite, os animais costumam recorrer ao asfalto por este estar com a temperatura mais quente que a do ambiente", alerta Tenório. 
A PRF lembra que medidas preventivas do condutor podem fazer a diferença. Uma delas é reduzir a luz do veículo ao cruzar com outro em pista simples, pois isto, melhora a visibilidade para ambos os condutores. Outra orientação da PRF é reduzir a velocidade antes de cruzamentos e curvas.
CUIDADOS - No caso de animais de grande porte, orienta-se reduzir a velocidade e nunca buzine. Ultrapasse por trás dos animais atravessados na pista e lembre-se que bois e vacas nunca recuam, diferentemente dos cavalos que podem ter reações diferenciadas. Já os de pequeno porte a tendência natural é frear ou desviar deles bruscamente, principalmente quando se está trafegando em alta velocidade.
Antes de qualquer manobra, veja pelo retrovisor se vem algum carro atrás. Um movimento inesperado pode provocar um acidente. E atenção: à noite, os faróis podem ofuscar a vista desses animais, tornando seu comportamento  imprevisível. Quando se deparar com uma boiada, faça a ultrapassagem em primeira marcha, fechando os vidros para sua maior proteção
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