quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pesquisa revela que município do Piauí não tem acesso domiciliar à internet

Dados da pesquisa Mapa da Inclusão Digital, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Fundação Telefônica, divulgados nesta quarta-feira (16), revelaram que o município de Aroeiras, a Km 332 de Teresina, tem percentual igual a zero no quesito acesso domiciliar à internet.
O estudo, que utilizou dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou ainda que cerca de 33% dos brasileiros têm acesso à internet em casa e quase a metade deles utiliza banda larga. O número deixa o Brasil em 63º lugar no ranking de 154 países na avaliação do número de pessoas com acesso domiciliar à internet. Na Suécia, 97% dos domicílios estão conectados à rede.
O mapa mostra também cidades em que o nível de acesso se difere por regiões. No Rio de Janeiro, por exemplo, 56% de domicílios têm acesso à internet. Na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste, esse índice chega a 94%, a vizinha, Rio das Pedras, apresenta o menor índice da cidade (21%).
Para o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, as desigualdades sociais não são os únicos fatores para esse resultado. “Copacabana é um bairro rico, mas tem uma grande população de idosos que não costumam usar computadores e internet”, destacou.
Segundo a pesquisa, a maior parte da população acessa a internet em casa, utilizando banda larga (46,92%). Depois, vêm os centros públicos de acesso pago (35,11%). Cerca de 31% acessam no trabalho, seguido da casa de amigos e parentes (19,7%) e instituição de ensino (17,5%). O acesso público gratuito é utilizado por 5,52% da população. Na pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de uma opção de acesso.
Neri lembrou da importância de o Estado criar mais centros de inclusão digital em oposição ao computador pessoal como forma de socializar os custos de acesso à internet.

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